Obediência à Autoridade e Conformismo
Stanley Milgram (1961/62)
Nestes estudos não houve pressões óbvias e abertas para o conformismo (recompensas por "jogar em equipa" ou castigos pela individualidade).
Se as pessoas são tão complacentes para responder perante uma pressão tão mínima, quanto mais o serão se forem coagidas de forma directa?
Há umamodificação do comportamento através do qual um indivíduo responde pela submissão a uma ordem que lhe vem de um poder legítimo. (Fisher, 2002)
Experiência: www.youtube.com/watch?v=y6GxIuljT3w&feature=player_embedded
- Aluno gemia aos 75, 90 e 105 volts
- Aos 120 grita que os choques são dolorosos
- Aos 150 grita "experimentador tire-me daqui, não quero participar mais nesta experiência! Recuso-me a continuar!"
- Aos 270 os seus protectores convertem-se num gemido de agonia e continua a insistir para que o deixem ir embora
- Aos 300 e 315 volts grita que se recusa a responder
- Depois do 330 fica calado
- Caso o sujeito ingénuo se insurgisse contra a experiência o experimentador deve dizer: "por favor continue"; "a experiência requer que continue"; "é absolutamente essencial que continue"; "não tem alternativa tem de continuar".
- se o sujeito ingénuo referisse que o «aluno» não quer continuar o experimentador reforçava a ideia que ele tinha de continuar até aprender as palavras.
- O experimentador referia que a responsabilidade pelas eventuais consequências nocivas dos choques era inteiramente sua.
Mesmo vendo o sofrimento, a maioria dos voluntários continuava a obedecer às ordens e infligindo choques cada vez maiores, a intensidade máxima 450 volts, significaria matar hipoteticamente a outra pessoa. 65% das pessoas obedeceram às ordens até ao fim e deram choque pretensamente fatal!
"Se fosse estabelecido nos EUA um sistema de campos de extermínio do tipo que tivemos na Alemanha Nazi, seriamos capazes de encontrar pessoal suficiente para esses campos em qualquer cidade estado-unidense de tamanho médio." (Stanley Milgram, 1979)
